segunda-feira, 21 de julho de 2014

Palestra "Todos somos líderes"

Na manhã de hoje, recebemos em parceria com a Universidade Unisinos, a professora Mestre Talita Oliveira que falou com os alunos do Ensino Médio sobre Liderança. Momento de reflexão. Agradecemos a professora e a universidade pela disponibilidade.

Turma 301 - Senso comum: nem sempre fazemos parte

Senso comum: nem sempre fazemos parte

Voo atrasado. A ideia de ter de esperar não me convinha; queria chegar o quanto antes e já me encontrava em estado de tédio. Para passar o tempo que insistia em não passar – talvez pela ansiedade os ponteiros do relógio custavam a andar –  entrei em uma livraria à procura de algum livro interessante. Fixei os olhos em um que estava entre os mais vendidos dos últimos meses. Um best-seller norte-americano, por sinal. Já havia escutado comentários positivos a respeito do livro e o atendente do estabelecimento encarregou-se de reafirmá-los. Comprei o livro. Comecei a lê-lo entusiasmada, mas, que me desculpem os amantes de “A culpa é das estrelas”, não gostei.
Em algum momento, você já percebeu que existem coisas que são consideradas de bom e de mau gosto na literatura, nos filmes, nas estampas das calças que estão nas vitrines. E não sou eu nem você quem escolhe o que é bacana ou não. Independentemente do que achamos, caviar é chique, pão com manteiga é simples, “Laranja Mecânica” é cult, “Crepúsculo” não é cult, etc. Trata-se de um senso comum de uma maioria.   
O bom e o mau gosto não são semelhantes à Lei da Gravidade que sempre funciona: você solta um lápis no ar e sabe que ele vai cair. As regras que pautam o gosto não têm exatidão nem são universais: arrotar pode ser péssimo para um povo e um sinal de gratidão para o outro (hábito comum entre chineses após as refeições). Porém essas regras mudam ao longo da história: hoje, futebol é um esporte popular e ouvir jazz é fino. Porém, futebol já foi chique e jazz um pagodão.    
     Entretanto, somos personagens unidimensionais cujos gostos formam um todo coerente: se gosto de praia não gosto de campo; se fico bravo com tal situação, sempre fico bravo. Somos pessoas, e por isso mesmo, somos complexas, insatisfeitas e contraditórias. Simplesmente acho que o livro de John Green não corresponde a tamanha propaganda publicitária e, desta vez, a culpa nem é das estrelas.

Aluna: Cassiane Borges Wendling
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Sandra T. Brandt