quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Turma 301 - Tempo, Tempo, Tempo

TEMPO, TEMPO, TEMPO

Desde o surgimento da espécie, o ser humano sempre tentou entender o universo a sua volta. Percebeu que o sol nascia em um determinado local, contornava o céu e depois repousava do outro lado. Percebeu que, pela manhã, fazia frio, mas aquecia conforme o sol subia. Descobriu, aos poucos, o dia, a tarde, a noite e que, juntos, formavam um período de tempo, ao qual deu o nome de dia.
Por sua curiosidade, o homem sempre quis saber mais. Inventou muitos instrumentos, dentre os quais um medidor de tempo: o relógio. Porém, não teve a capacidade ou inteligência de criar um que aprisionasse o tempo.
Atualmente, participamos diariamente de duas vidas distintas, a profissional e a privada, mas não damos tempo para as duas e nos rendemos ao trabalho. Temos a impressão de que a vida se resume em intermináveis jornadas de trabalho e disponibilidade à empresa.
O mês de Janeiro já virou Dezembro. Estamos sempre atrasados. Em um único ano, perdemos inúmeros amores, amigos, neurônios, memórias e ilusões sem nem ao menos perceber. A vida passou a ser frenética.
Estamos sempre de um lado para outro, cumprindo obrigações profissionais. Não possuímos mais vida amorosa nem sexual, pois estas precisam de tempo e convivência para que possam ser fonte de alegria, mas não temos tempo.
A correria do dia-a-dia fez com que esquecêssemos quem e o que somos. Nos poucos minutos que ainda nos restam para lazer, estamos preocupados com o que iremos fazer no trabalho e nos inúmeros problemas que vamos ter que resolver. O homem só conseguirá mudar o seu próprio jeito de viver quando dominar o tempo a sua volta. Enquanto isto não acontece, somos apenas escravos dele.
Texto elaborado  por Luiz Fernando de Souza Staudt